— Então... Que horas ele chega?
— As 16. Bem na hora que você sai
para a aula.
— É... Mas eu vou querer saber de
tudo quando voltar. Não pense que está imune.
— Tá bom. Bem, vou tomar banho. Falo
com você depois.
Usei água
quente, para me acalmar. Lavei meu cabelo e fiz uma trança depois. Demorei um
pouco para achar uma roupa decente. Perguntei a mim mesma se deveria preparar
alguma coisa na cozinha, mas então a campainha toca. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=82450719&.locale=pt-br)
— Oi Louis. Entra.
—
Oi Anna.
— E então... O que te trouxe
aqui? Quer dizer, eu não me incomodo nem um pouco com a sua presença, mas...
— É que eu senti uma
necessidade muito grande de te ver de novamente...
— Nossa. Bem, quer ir no
estúdio?
— Que estúdio?
— É que... Eu meio que
construí um porão-estúdio só pra mim. Vem, vou te mostrar.
Levei
ele até o porão-estúdio. Ele ficou parado por alguns segundos, e eu achei que
tinha alguma coisa errada, mas depois Louis começou a ver tudo mais de perto.
Inclusive testou as notas de meu piano, e sorriu.
— Sabe tocar?
— Não. Eu tenho um piano para
nada mesmo. – falei ironicamente.
— Ah, é uma pena... Eu ia te
pedir para tocar para mim.
— Sabe que de repente eu me lembrei
de como se toca? Vamos lá.
Me
sentei no banco do piano e Louis fez o mesmo. Senti uma coisa estranha, mas
ignorei. Senti minhas bochechas queimarem, e única partitura de que me lembrei
foi a de One Thing. Por sorte não errei nada, e recolhi minhas mãos
nervosamente quando acabei.
— Com quem você aprendeu a
tocar?
— Meu pai.
— Ele te ensinou bem. Você
toca maravilhosamente.
— Obrigada.
Ficamos
num silencio mais que constrangedor. Nossos rostos estavam tão perto que
chegava a me incomodar. Me levantei e sentei no sofá, encolhida num canto. Ele
ficou me olhando por alguns segundos, até falar.
— Eu acho que já vou.
— Sério, só faz... 6 minutos
de que você chegou.
— É, eu sei. Nos falamos
depois, ok?
— Ok...
—
Até logo.
Eu
observei enquanto ele subia as escadas, e ouvi os passos até a porta. Depois
que tive certeza que Louis já havia ido, subi novamente. Scar chegaria tarde,
então eu realmente não tinha o que fazer. Resolvi arrumar meu quarto, enquanto
cantava Teenage Dream.
¥
Na
semana seguinte, eu tinha me encontrado com Niall mais uma vez. Ele havia me
beijado de novo. Eu gostava de estar com ele: Me sentia como numa tarde de sábado
chuvosa, assistindo um filme com meu pijama e comendo biscoitos. Era uma das
melhores sensações do mundo.
Queria
muito falar com Louis. Por algum motivo, mesmo não nos falando muito, eu queria
estar com ele. Isso era estranho. Niall disse que eu estava ajudando, que ele
estava bem mais animado, e interagindo mais. Não entendi como eu poderia ter
feito aquilo, mas ignorei.
Na
quarta feira a tarde, eu estava assistindo TV tranquilamente, quando alguém bateu
na porta. Pensei que poderia ser Scarlett, mas ela tinha a chave. Olhei pelo
olho da porta. Era Louis. Me afastei e fui para o quarto vestir alguma coisa.
— Anna? Você está ai?
— Oi Louis! Espera, já
vou abrir!
— Ok.
Agradeci
mentalmente por meu closet estar organizado. Peguei algum vestido qualquer, um
casaco por causa do frio e uma sapatilha. Prendi o cabelo rapidamente e me
olhei no espelho uma ultima vez. Depois, fui atender a porta. (http://www.polyvore.com/cgi/set?id=82783252&.locale=pt-br)
— Oi, Louis.
— Oi, Anna. Posso entrar?
— Claro.
Ele entrou e inspecionou uma das
paredes da sala, que tinha uma grande quantidade de palavras sem sentido para
alguns, mas fazia sentido para mim. Louis deu um sorriso meio bobo e se virou
para mim.
— Anna, eu tive uma ideia... Para uma música.
— Anna, eu tive uma ideia... Para uma música.
— Sério? Que... Incrível.
— É, eu sei. Mas eu vou
precisar de sua ajuda.
— Como assim?
— É um dueto. Eu gostaria de
canta-lo com você.
— Mas... Eu nunca fiz algo
assim.
— Nem eu. Mas pode dar certo. Pode
me levar até seu estúdio?
O guiei até o porão-estúdio.
Louis andou por ele e foi até o piano. Olhou para mim e fez sinal para que eu
me sentasse ao seu lado. Fiz o que ele pediu e observei enquanto ele de
dedilhava as teclas, sem rumo.
— Se esqueceu da música, Louis?
— Não. Espere, sente ali,
naquela poltrona.
Me levantei e me sentei na minha
poltrona favorita, que ficava em frente ao piano. Louis me observou por alguns
segundos e começou a tocar novamente. Desta vez, consegui perceber uma melodia
surgindo. Não era tão doce, nem amarga. Era linda. E quando o som cessou, um sorriso
torto surgiu em meus lábios.
— Você gostou? – Louis perguntou.
— Eu mais que gostei, eu
adorei. Quando compôs?
— Ontem à noite.
— Tem uma letra?
— Ainda não.
— Posso ajudar. A melodia...
Tem uma história?
— Tem. Algo como “Acabei de te
conhecer, mas já simpatizo”.
— Acho que entendi. Poderia
tocar novamente? Vou tentar começar a letra.
— Tudo bem.
Enquanto ele tocava, fui pegar
papel e caneta. Durante isso, parei para pensar. Eu havia me identificado com a
melodia. Parecia comigo. A letra teria que ser especial. Sentei-me na poltrona
novamente, e tentei encontrar algo como “Acabei de te conhecer, mas já
simpatizo”.

Eu não entendi esse final direito, mas...
ResponderExcluirA postagem deu algum problema... É só selecionar a parte branca que dá para ler. Beijos!!
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