True Love - 11º capitulo

— Sério?!

— Não, é brincadeira. Até porque eu ia brincar com uma coisa séria dessas.

— Nicolle, a sessão será amanhã. Isso não é demais?

— É incrível!

— Bem, por favor garotas não se atrasem. Até amanhã!

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— Olha essas roupas! A gente pode escolher?

— Se não pudéssemos escolher, não nos trariam aqui.

                Tinham tantas roupas. Zaynah estava achando isso tudo um paraiso. Se enfiou na parte de calças, e não saiu mais de lá. Eu não achei muitas coisas legais. Precisei dos conselhos de Lia. Ela disse que eu ficava bem de verde.

— Combina com seus olhos.

— Hm... Leeroy disse que azul fica melhor.

— Leeroy?

— É. Ele disse que o azul deixa a cor de meus olhos mais... Viva.

— Acho que ele está errado. Esse vestido combina com você. E ficaria legal com aquele sapato ali.

— Sabe Lia, cheguei a uma conclusão.

— Qual?

— Eu odeio photoshoot.

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— Aja naturalmente!

— O que é agir naturalmente?

— É só fazer coisas cotidianas!

— Posso usar qualquer coisa aqui?

— Claro.

                Eu definitivamente não servia para tirar fotos. Além de não ser fotogênica, não sabia fazer poses! Procurei algum objeto que pudesse usar. Achei um telefone antigo em cima de uma das mesas do cenário. Me lembrei de ‘Hello, is the doctor?’.

                Tentei imitar alguém ao telefone. Que estranho. Fiquei pensando em como as meninas deveriam estar se saindo. Zaynah deveria estar muito bem, Lia também. Harriet poderia estar tendo alguns problemas com as poses, assim como Louise. A essa hora, já deveria estar zangada com o fotografo.

— Está dispensada.

— Obrigada.

                Era tão bom poder vestir minhas calças novamente! Quer dizer, eu nunca usaria aquele vestido por livre e espontenea vontade. Depois da sessão de fotos, Harriet me chamou para ir ao shopping. Segundo ela, precisava de meias novas.

— Mas... Lia te deu umas meias aquele dia.

— Não era daquele tipo de meia que eu estava falando.

                Preferi não entrar em detalhes. Quando voltamos para casa, Zaynah estava na cozinha e Lia assistia TV. Era um bom momento para continuar a escrever a música. Procurei meu caderno. Não estava embaixo do travesseiro, onde costumava ficar. Olhei no closet, investiguei o quarto inteiro. Nada.

— Lia, você viu meu caderno?

— Não. Porque?

— Não o encontro em lugar nenhum. Estou ficando preocupada.

— Calma, deve estar em um lugar tão obvio que você não encontrou. Relaxe.

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“Louise: Olá, bem vindas a mais uma twitcam!

Zaynah: Hoje, iremos falar sobre o clipe de Best Song Ever e sobre os 3 anos da banda. Infelizmente, não teremos perguntas.

Nicolle: Depois de assistirmos o clipe aproximadamente mil vezes, chegamos a conclusão de que é a maior homenagem que eles já fizeram para as directioners... Inclusive nós.

Lia: Eles mostraram por mais que pareça que sim, não, eles nunca mudaram, e nunca mudarão. Eles sempre serão nossos meninos da escada.

Harriet: E eles sempre amarão a gente.

Louise: A propósito, vocês viram as dancinhas? São que nem as que eles fizeram na época do TXF! E teve também a ‘dancinha do remo’ de LWWY. Foi demais!

Zaynah: Estamos tentando aprender a coreografia, mas não ficou muito bom.

Nicolle: Tipo, estamos fazendo tudo errado!

Lia: Isso quer dizer que somos divas.

Harriet: Exato.

Louise: E também queríamos falar dos 3 anos da banda.

Zaynah: Obrigada por serem a nossa inspiração... E de mais de um milhão de pessoas!

Nicolle: Vocês nos fizeram acreditar que tudo é possível.

Lia: E nós nos orgulhamos muito de vocês.

Harriet: Agora os 4 britanicos e o irlandês chegaram ao topo do mundo.

Todas: Nós amamos vocês!”

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— Liam, eu não acredito que você fez isso!

— Não fique zangada, pelo menos eu terminei a música.

— Você roubou meu caderno!

— Estou tentando não pensar como um roubo, é mais uma... Ajuda.

— Vai se arrepender!

— Tá, mais antes de me arrepender, pode me deixar tocar para você?

Girl, I can not talk to you

Why is stuck inside this dome that calls of pride

But maybe if you get out of there within

We can finally get to know us...

Perhaps you think me rude

Speaking thus

But honey, you need to understand

That's not me, it's you.

                Estava calada. E maravilhada, obviamente. Ele tinha tornado a música em um dueto. Um belo dueto. Cada palavra era importante. Ele olhava para mim, assim como eu olhava para ele. Estávamos tão próximos que podíamos até nos...

— E então, o que achou?

— Ficou perfeito.

— Ainda vai me fazer me arrepender?

— Vou. Mas talvez eu possa fazer algo menos grave.

— O que você iria fazer antes?

— Obrigar você a usar uma colher.

— E agora?

— Vou comer um pote de nutella, com uma colher, na sua frente.

— Realmente, foi um avanço.

— Também acho.

— Antes de me punir, que tal se fossemos ao Starbucks? Para comemorar a parceria.

— Parceria?

— Claro. Vamos gravar essa música... Juntos.

                Seria legal gravar com Liam. Eu estava feliz por isso. As meninas iriam adorar. Na verdade, todos iriam. Apesar disso, na meu subconsciente, alguma coisa martelava. Alguma coisa que eu queria poder ignorar, mas não conseguia. E se, por algum motivo, nossos rostos se aproximassem naquele momento?

— Um brinde à nossa música.

— Nossa, vamos brindar com café?

— Não é café, é frappuccino. E sim, vamos brindar com frappuccino.

— Nem um pouco tradicional, mas tudo bem.

— Posso falar uma coisa?

— Nem precisava avisar.

— Acho você muito fofa. E seu sotaque é lindo.

— Ahn... Obrigada.

— E se pudesse falar alguma coisa de mim, o que seria?

— Não sei, acho que... Eu diria que... Você é tão fofo quanto eu.

— Isso é um elogio?

— Interprete como quiser.

— Ainda quero saber o que você quer de aniversário.

— Não quero presente!

— Então tem alguma coisa que eu possa fazer?

— Hm... Deixe-me ver... Ah, estou procurando alguém para ir na exposição de carros 2014. Nehuma das meninas quer ir comigo.

— Não sabia que gostava de carros.

— É, quase ninguém sabe.

— Tudo bem, eu vou com você.