segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Capitulo 7

— Savannah, acho que você bebeu demais.
— Não... Eu não bebi.
— Tem certeza?
— Sim. Eu... Saí com Harry. Fomos até um restaurante, o que eu achei estranho, porque normalmente ele me levaria para um motel ou coisa parecida. Ele escolheu uma mesa reservada, meio que escondida de todos. Conversamos, comemos e quando estávamos quase indo embora, ele me deu uma caixinha.
— Uma caixinha?
— É. Azul. Ele me pediu para abrir e quando vi, era um anel com uma pedrinha azul, como a caixa.
— Posso ver?
— Claro. – disse, me passando a pequena caixinha.
— Nossa. É... Bem... Chamativo. É uma safira?

— Não, é uma benitoite. Em Londres, estávamos passando por uma loja de preciosidades e eu me encantei por essa pedra. Harry deve ter percebido.
— Hm. E então, ele disse que te amava e que não podia viver sem você...
— Na verdade, ele disse que eu era muito atraente para ele, no sentido estético e interior.
— Ok. Bem, você aceitou?
— Aceitei, mas... Eu falei “Sim” sem pensar.
— Savannah, acho que você deveria tomar um banho, comer o resto da pizza e ir dormir. Amanhã de manhã você estará bem melhor.
— Ahn... Tudo bem. Boa noite.
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                A manhã seguinte foi tranquila. Faculdade, trabalho... Tudo voltara a ser como antes. Quer dizer, antes eu não recebia mensagens no meio da aula. Niall disse que já sabia dos planos de Harry, e que o anel tinha sido comprado há muito tempo. Então, a caixinha que eu tinha visto na casa dos meninos era a mesma que Savannah tinha recebido.
                Ah, acho que ainda não falei de Harper. Bem, sendo a mais velha de todas nós, estava acabando a faculdade de artes cênicas. Ela tinha certeza de que passara na prova final, então já estava pensando no que iria fazer em seguida.
— Estou pensando em ir para um lugar que me dê mais oportunidades... Talvez eu volte para Paris... Minha família me receberia bem...
— E Liam?
— Tenho conversado com ele sobre isso. Ele me chamou para morar em Londres, com ele, mas...
— Mas...?
— Eu não quero depender dele. Quer dizer, vai demorar um pouco para eu conseguir algum trabalho digno.
— Harper, que bobagem. Ele pode te ajudar a subir em sua carreira.
— Foi o que ele disse.
— Ele está certo. Bem, a decisão cabe a você.
¥
                As semanas passaram surpreendentemente rápido. Logo estávamos em Paris, para comprar o vestido de noiva e das madrinhas. Savannah tremia. Ela se sentia nervosa apenas com o fato de estar perto dos vestidos.
— Savannah, olha que vestido lindo! Combina com seus olhos!
— Lily, você fala como se meus olhos fossem azuis ou verdes.
— Seus olhos são bonitos por causa da alma que eles escondem.
— Filosofou.
— Eu sei.
— Bem, até que não é tão ruim.
                Depois de Savannah escolher alguns vestidos para experimentar, eu e Harper começamos a procurar as nossas roupas. Alguns vestidos realmente me impressionaram. Por um segundo, senti falta de Niall. Ele poderia me dar uma opinião construtiva.
                Depois de comprarmos os vestidos (à vista), demos um pequeno passeio por Paris. Harper era francesa, então pôde nos mostrar os lugares mais bonitos da cidade. Todas as ruas tinham uma coluna de árvores baixas, com folhas ao redor.
— Aqui é muito lindo.
— É. Por isso que eu queria voltar para cá.
                Íamos passar alguns dias na casa dos pais dela. Nos receberam muito bem. Durante uma semana, tivemos deliciosos cookies no chá da tarde, feitos pela Sra. Green. Pedi para levar alguns para Nova York.

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                O casamento seria daqui à 3 semanas. Como esperado, Savannah só pensava na lua de mel. Harry a deixou escolher o lugar, então nosso pequeno apartamento estava cheio de folhetos de lugares paradisíacos.
— Que tal Argentina?
— Lá é frio.
— E daí? O tango faz tudo ficar mais quente.
— Não, Savannah, não.
— Tá, então... Bahamas!
— Muito quente.
— Ótimo, tudo fica melhor quando os dois corpos estão ardentes.
— Eu desisto.
                Depois de algumas horas, ela escolheu Caribe. É, não era tão ruim. Ligou para Harry, que pareceu animado do outro lado da linha. Harper ficou feliz por poder jogar todos aqueles folhetos no lixo.
— Eu não aguentava mais aquela bagunça!
                Tudo do casamento já estava pronto. Já tínhamos reservado o local da cerimônia na Itália (Harry insistiu que fosse um castelo, já que Savannah era sua ‘princesa’), a lista de convidados, as flores, a música, a festa, a comida...
                De repente, eu já não me preocupava tanto com o casamento. Comecei a pensar em Niall. Fazia tempo que não conversava com ele. Senti que queria, mais que tudo, sua companhia. Queria sentir seus dedos entrelaçados aos meus. Queria o calor de seu corpo próximo do meu. Queria ver aqueles olhos azuis mais uma vez.

¥
                Uma semana antes do casamento, viajamos para a Roma, na Itália. Era um lugar bonito e agradável. Nossa estadia seria mais prazerosa, se Savannah não estivesse fingindo falar italiano.
— Oh, ragazzo bello, no?
— Savannah, você está parecendo uma maluca.
— E não sou?
                Visitamos vários lugares legais como o Coliseu de Roma, o Obelisco Salustiano e a Basílica de São Pedro. Pedíamos pizza todas as noites, mas eu e Harper não deixávamos Savannah comer.
— Por favor, só um pedacinho! Eu só quero saber o gosto!
— Não! Você tem que entrar no vestido!
— Mas... Eu estou na Itália!
— Não importa.
¥
                Finalmente o dia havia chegado. As meninas ainda estavam dormindo. Olhei no relógio. É, eu havia acordado cedo demais. Sabendo que não iria dormir novamente, peguei meu celular e fui para a varanda. Tinha uma bela vista, e já era possível ver algumas pessoas saindo de suas casas.
                Verifiquei meu celular. Sem mensagens. Continuei apreciando o sol nascer, até sair totalmente do horizonte. Nesse momento, ouço movimentos dentro do quarto. Harper e Savannah acordaram.
— Meu Deus, é hoje!
— Calma, Savannah. Tente não gritar.
— Como eu vou ficar calma?! Meu Deus, temos que nos arrumar! A gente tem que ir pro SPA e depois ao salão e...
— Respira. Senta ai. Vamos nos organizar. Ainda são 6 da manhã.
— Talvez devêssemos nos arrumar para tomar o café da manhã...
— É... Boa ideia. Primeira no banheiro!
— Segunda!

— Ah... Sou sempre a última...

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Capitulo 6

                Infelizmente, não pude passar o dia todo com Liam. Ele tinha que contar o plano para os meninos. Depois do Starbucks, fui para casa dos minos. Niall estava na casa de um amigo, então tive a casa só para mim.
                Assisti alguns filmes, comi batata frita, conversei com Harper pelo WhatsApp... Mas depois de um tempo, comecei a ficar entediada. Resolvi investigar o quarto dos meninos. Eles não iriam descobrir.
                Primeiro, o quarto de Harry. Bem, a cama estava toda desarrumada e parecia que não entrava sol há anos. Procurei por algum sutiã ou camisinha. Nada. A única coisa estranha era uma caixinha azul em cima da cômoda. Saí do quarto rapidamente.
                O quarto de Zayn era previsível. Muitos espelhos e algumas paredes grafitadas. Não entrei no closet, mas pela quantidade de roupas jogadas na cama, já tive uma idéia da quantidade de conjuntos.
                Liam. Era o quarto mais sem-graça até agora. Uma aparência bem clean. Paredes brancas, roupas no lugar, cama arrumada, janela aberta... E um morcego gigante atrás da porta, dizendo “Call Batman”.
                Os aposentos de Louis mais pareciam uma sala de jogos. Dois fliperamas, uma mini-geladeira, uma estatua do Iron Men e uma cama com o pé quebrado (saiba lá o motivo). O quarto mais divertido.
                Quando cheguei na porta de Niall, não quis abrir. Já sabia o que teria lá. Um violão, talvez algumas partituras. Nada de novo. Mas eu me senti tentada a dar só uma espiadinha. Acabei entrando.
                Em parte, eu estava certa. Havia um violão e partituras. Porém, era tudo muito sombrio. A janela estava fechada e tudo bem bagunçado. Investiguei em cima da cama. Havia um porta retrato. Reconheci a menina loira da foto.
­— Mas... Essa sou eu.
                Eu me lembrava daquele dia. Estávamos no Nando’s em Nova York e Harper derramou coca na camisa de Niall. Fiquei rindo, e ele aproveitou para tirar uma foto. Tive a impressão de sentir a colcha da cama meio molhada. Ele havia chorado enquanto via o porta retrato.
                Não aguentei ficar mais ali. Sai do quarto. Sai da casa. Comecei a andar pela rua, tentando esquecer. Sentei-me na beira do rio Tamisa. Jurei para mim mesma que nunca mais o decepcionaria novamente.
¥
                Já é noite. Estava escondida na sessão de maquiagem nos bastidores. Eu demoraria a entrar, já que seria a última música. Quando eles entraram, o grito das fãs ficou ainda mais audível.
                Depois de conversar com Savannah e Harper pelo WhatsApp, de jogar The Sims e de mandar uma mensagem para minha mãe, fui chamada por um cara grandão, que segundo o crachá se chamava Paul.
— Ah... Você é o Paul.
— É, sou eu.
— Será que você poderia me dar um autografo? É que minhas amigas adoram você.
— Depois. Você tem que subir. Agora.
                Bem, seria melhor não discutir. Quando entrei no palco, ouvi vários gritos. Senti minhas bochechas ficarem vermelhas e me sentei na cadeira. Não precisei esperar muito. Logo ele estava lá.
There's gonna be one less lonely girl
(One less lonely girl)
One less lonely girl
(One less lonely girl)
There's gonna be one less lonely girl
(One less lonely girl)
One less lonely girl…
                Niall parou de cantar abruptamente. Seus olhos azuis se arregalaram. Dei um sorrisinho, o encorajando a continuar. Teríamos tempo para perguntas depois. Ele entendeu a mensagem, e me deu flores no final da música.
                Depois do Meet&Greet, nos encontramos nos bastidores. Os meninos não estavam com ele. Sem a emoção do momento, pude perceber seu rosto. Estava consternado. Mais um vez, senti-me mal por tê-lo deixado.
— Oi.
— Oi.
— Então... Você veio para Londres.
— É, eu vim.
— Porque veio? Algum concurso?
— Só se seu nome agora for concurso.
— Lily, eu não quero passar por tudo aquilo novamente.
— Você não vai. Eu tenho algo importante para te falar.
— Fale.
— Me desculpe por ter te deixado. Sério, eu não... Sabia o que sentia com relação a você, e quando voltei par Nova York, senti um vazio. Eu precisava de você. Mas... Se estiver muito chateado comigo... Não tem problema, eu...
                Niall não me deixou terminar. A distancia entre nós foi rapidamente encurtada. Ele se aproximou e segurou meu queixo entre as mãos. Não foi um beijo... Estava mais para um selinho. E quando ele se distanciou, falei rapidamente.
— Espera, eu tive que ficar 12 horas num avião e passar um dia inteiro sozinha e você só me dá um...
                Agora não era mais um selinho. Suas mãos seguravam a base de minhas costas, apertando-me contra seu peitoral, e deixando-me sem ar. Eu não sabia quanto tempo já tinha se passado, mas eu não queria solta-lo.
— Isso é um sim?
— Sim?
— É, quando eu te pedi em namoro, você não me respondeu.
— Tudo bem, então. Isso é um sim.
— Sabia que eu te amo, Lily?
— Posso te contar um segredo? Eu também te amo.
¥
                Tive que voltar para Nova York. É claro, eu não poderia deixar minha vida para trás. Eu tinha faculdade, trabalho, minhas amigas... Savannah me encheu de perguntas estúpidas, enquanto Harper apenas disse que estava feliz por mim.
— Ele beija bem?
— Hm... Sim.
— Fizeram mais alguma coisa?
— Como assim?
— Quero dizer... Sexo.
— Vai se fuder, Savannah.
                Acredite se quiser, mas uma semana depois de minha volta a Nova York, Harry decide vir nos visitar. Quer dizer, visitar Savannah. Eles marcaram um encontro num restaurante em Manhattan. Eu e Harper esperamos sua volta ansiosamente. Queríamos os detalhes.
— Savannah, você está bem? Sua cara não está muito boa.
— Eu... Eu...
— Fala!
— Eu... Harry...
— O que foi? Foram para um motel?
— Não, é que... Harry.
— O que tem ele?
— Harry me pediu em casamento.

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Capitulo 5

                Se eu contasse para Savannah e Harper que Justin Bieber tinha me ligado, elas iriam dizer que sou louca, então não disse nada. Achei perigoso nos encontrarmos na Times à noite, mas ele devia ter seguranças.
— Oi, Justin.
— Quem é você?!
— Sou eu, Lily.
— Ah, é que você fica estranha vestida de preto.
— Estou tentando ser discreta. Se alguma Belieber me ver, pode achar que estamos namorando.
— Hm... Tá legal.
— Eu tenho aula daqui a 30 minutos, então será que você podia... Sei lá... Começar a falar logo? Você me chamou aqui por algum motivo.
— Ahn, sim. É sobre Niall.
— Olha, eu não quero falar nada sobre ele.
— Escute. Ele está muito triste, Lily. Zayn me contou que ele recusou pizza um dia. Pizza!
— Tá, e o que eu tenho com isso?
— Foi você que deixou ele assim.
— Eu?!
— É.
— Justin, acho que você tá falando com a pessoa errada. Eu não faço mal as pessoas.
— Mas você fez mal ao coração dele. O despedaçou em mil pedaços.
— Problema dele.
— Eu tenho certeza que você gosta dele.
— Tá brincando , né?
— Se você não gostasse dele, não tinha perdido tantas aulas da faculdade apenas para ficar com ele. Você não quer perder nenhum horário nem para falar comigo.

— É diferente.
— Não, não é diferente. Bem, tenho que ir. Lily, eu não quero que Niall fique deprimido pelo resto da vida. Você é a única que pode concertar as coisas. Até mais.
                Justin sumiu nas poucas sombras da Times Square. Eu não queria mais ir para a aula. Minha cabeça dava voltas, e eu precisava pensar. Voltei para casa. Savannah dormia no quarto e Harper estava na faculdade. Sentei-me no sofá, cansada.
                Eu amava Niall? Essa pergunta rodava em minha mente. Bem, eu amava o Justin, mas não era a mesma coisa. Lembrei-me dos momentos que passei em Londres, dos filmes, dos passeios, dos toques...
                Parei. Eu não podia continuar com isso. Pensei nos momentos em que nos abraçávamos. Não era como abraçar Savannah. Nos braços dele, eu me sentia... Segura. Era como se fosse feito especialmente para mim.
— Savannah?
— Vai embora, Harry. Me deixa dormir.
— Não é o Harry. É Lily.
— Tá, me deixa dormir.
— Espera. Eu vou viajar.
— Pra onde?
— Londres.
— Hm... Quando?
— Agora.
— Agora?! Você é maluca?! Já é tarde!
— Eu sei. Mas eu tenho assuntos para resolver, e não posso esperar.
— Quem vai pagar essa viagem?
— Eu mesma. Os Benson me deram um aumento.
—... Boa viagem. Agora, me deixe dormir.
— Bons sonhos, Savannah.

¥
                Tinha conseguido um avião sem escalas. Durante a viagem, eu não conseguia me distrair. Nem mesmo as músicas de meu celular me ajudaram. Eu parecia tão nervosa, que uma aeromoça foi falar comigo.
— Senhorita, você está bem?
— Não.
— Está passando mal? Precisa de algum remédio?
— Tem remédio para angustia?
                Acabaram me dando um calmante. Funcionou nos primeiros minutos, mas depois fiquei nervosa novamente. Quando cheguei lá, foi um alivio. Bem, eu só precisava encontra-lo, ou pelo menos, encontrar um deles.
                Resolvi ir no Starbucks. Nunca gostei de comida de avião, então recusei quase tudo que me ofereciam. Estava morrendo de fome. Sentei–me numa mesa do lado de dentro e olhei ao redor.
— Liam?!
— Lily?! O que está fazendo aqui?!
— Como assim o que eu estou fazendo aqui? Starbucks é um lugar público.
— Não, quero dizer aqui em Londres.
— Vim concertar algumas coisas.
— Niall não é “algumas coisas”.
— Tá tão na cara assim?
— Sim.
— Droga.
— Não fique assim. Tudo vai se resolver.
— Você está parecendo um budista falando desse jeito. Onde Niall está?
— Acho que ele está tirando fotos com fãs e dando autógrafos.
— Onde?
— Não sei.
— Nossa, como você me ajudou.
— Espera, Lily. Vamos fazer um show hoje a noite.
— Sim, e?
— Vamos cantar One Less Lonely Girl. Acho que podemos conseguir que você seja a escolhida para subir no palco.
— Sério?! Isso é... Incrível.

— Vou ligar para Paul.
— Liam, porque está fazendo isso?

— Quero que Niall seja feliz, e sei que isso só aconteceria com ele ao seu lado.

Capitulo 4

— Isso não é engraçado, Niall.
— Não estou tentando ser engraçado.
— Mas... Nós somos amigos.
— Mas podemos ser mais que isso.
— Niall, me desculpe... Não posso fazer isso. Eu... Tenho que ir.
                Eu não sabia ao certo para onde eu estava indo. Provavelmente pegando o caminho errado. Não olhei para trás em nenhum momento, mas sabia que ele me observava. Peguei um táxi, e mesmo sem saber o endereço, fiz indicações ao motorista.
— Olha, é uma casa branca... De dois andares.
— Moça, tem várias casas assim.
— É, eu sei, mas essa tem papel higiênico no telhado, e fica perto do Starbucks.
— É a casa daquela bandinha... TwoDirections?
— One Direction.
— É, isso.
— Sim, eu estou indo para lá.
— Você é alguma fã maluca ou algo parecido?
— Não.
—Ah, então tudo bem.
                Não demorou muito para chegarmos até a casa. Harper abriu a porta, e perguntou o que tinha acontecido. Convoquei uma reunião em nosso quarto e interrompi a noite de Savannah.
— Puta merda, quando eu estava quase lá!
— Cala a boca, Savannah. É um assunto muito sério.
— Então fale logo! Harry está me esperando.
— Vamos voltar para Nova York.
— O quê?! Mas já?!
— Lily, aconteceu alguma coisa?
— Não, eu apenas... Não quero mais ficar por aqui. Se quiserem ficar, não irei impedir.
— Nós vamos com você. Somos amigas.
— E o que seria de você sem a gente?
— Obrigada, meninas. Partimos amanhã de manhã. Savannah, aproveite sua noite.
¥
                Harper estava inconsolável na manhã seguinte. Ela não queria se despedir de Liam, assim como Savannah não queria ficar longe de Harry. Niall não se despediu, o que fez tudo ficar mais fácil. No avião, sentei-me ao lado de Harper.
— Lily?
— Sim?
— Porque você quis voltar para Nova York?
— Eu... Não estava me sentindo bem em Londres.
— Mas você sempre gostou de Londres.
— As pessoas mudam.
— Não. Aconteceu alguma coisa.
— Não aconteceu nada.
— Então porque você não se despediu de Niall?
— Ele não quer falar comigo.
— Isso nunca iria te impedir. Você também não quer falar com ele.
— Sim, e daí?
— Tem alguma coisa errada entre vocês dois.
— Não tem nada de errado!
                Percebi que estava gritando quando a aeromoça olhou para mim. Dei um sorrisinho e me concentrei nas nuvens. Eu queria ser como uma nuvem. Não teria nenhuma obrigação, e sempre seria carregada pelo vento. Infelizmente, isso era impossível.
¥
                Voltei a minha rotina comum. Minha vida se resumia em faculdade-casa-trabalho. Eu sabia que as meninas estavam tristes, mas elas não demonstravam. Harper não falou mais nada sobre nossa conversa no avião.
                Uma tarde, quando eu estava fazendo minha atividade, alguém me liga. Assim que olhei o visor, percebi que era um número bloqueado. Quem estaria me ligando? Será que Savannah tinha feito alguma merda e a sequestraram?
— Alô?
— Oi. Você é Lily?
— Você que me ligou, então eu faço as perguntas. Quem é você?
— Só posso contar para Lily.
— Eu sou Lily!
— Ah. Então é o Justin.
— Que Justin?
— Bieber.
— Meu Deus, você tem meu número!
— É, você me deu um papelzinho pedindo para eu te ligar, lembra?
— Não, não lembro.
—... Tudo bem. Eu preciso falar com você.
— Você já está falando comigo.
— Quero dizer... Pessoalmente.
— Ok, como vamos nos encontrar?
— Estou em Nova York. Podemos nos encontrar na Times Square.
— Hm... Quando?
— Essa noite.
— Essa noite?! Mas eu tenho aula!
— A gente se encontra antes de sua aula. Hm... Às 18?
— É, pode ser.
— Ótimo. Até lá!
— Ahn... Até.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Capitulo 3

                Na manhã seguinte, a dor de cabeça tomava conta de mim. Não devia ter tomado àquela bebida. Quem havia me dado o copo? Eu não me lembrava, mas isso pouco importava. Eu tinha a sensação de que iria morrer.
— Lily, hora de levantar!
— Me deixa em paz, desgraça.
— Hm... Está de mau humor?
— Sim.
— Tudo bem, eu te deixo dormir. Pena que você vai perder as torradas.
— Que torradas?
— As torradas com nutella que eu fiz pra você. Mas se você não quer...
— O mau humor passou. Quero três.

¥
                Depois de tomar meu café da manhã, fui dar uma volta na cidade com Harper. Ao contrário de Savannah, ela era tranquila e engraçada de uma forma não pornográfica. Era fácil gostar dela.
— E então... Como você e Liam estão?
— Bem. Acho que ele gosta de mim. Pelo menos, aparenta gostar.
— Isso é ótimo.
— E você e Niall?
— Ahn?
— Vocês estão namorando, certo?
— Não!
— Sério? Vocês passam tanto tempo juntos.
— Não estamos namorando, Harper. Eu só vejo Niall como meu amigo.
— Ah, sei.
                Eu sabia que ela não acreditava, mas era a verdade. Não conseguia pensar na possibilidade de namorar com Niall. Éramos muito amigos, e nada iria mudar isso. Quando voltamos para casa, sou atacada por perguntas.
— Você não me disse que seu aniversário era no domingo!
— Não achei que fosse importante.
— É claro que é importante, Lily.
— Tá, mas e daí?
— Vamos comemorar!
— Não quero nenhuma festa, Niall.
— Tá, então podemos fazer alguma coisa juntos.
— Que tipo de coisa?
— Ainda vou pensar nisso.
— Tudo bem. Acho que vai ser... Legal.

¥
— Você vai sair com Niall?!
— É. Algum problema com isso?
— Nenhum, mas não reclame quando as pessoas começarem a achar que vocês estão... Juntos.
                Eu não aguentava mais ouvir isso. Até as fãs deles já pensavam que estávamos namorando. Eu não sei por que me sentia tão irritada com isso, mas se alguém falasse mais uma vez sobre como ficávamos fofos juntos, eu iria explodir.
                As meninas se apressaram em me presentearem pelo meu aniversário. Savannah me levou para fazer compras (meu esporte favorito) e Harper me deu a biografia de Justin Bieber, a única que eu não tinha.
                Meu aniversário era no domingo. Sairíamos à noite. Já estava tudo planejado: Jantaríamos e depois iriamos ao cinema. Uma boa programação. Harper achava super-romântico e Savannah já pensava putaria.
— Hm... Cinema, não é? Escuro suficiente para um...
— Não complete a frase, Savannah.
                No sábado, conheci a noiva de Zayn, Perrie. Tirando os gritos de minhas amigas, foi tudo ok. Ela era uma pessoa legal e divertida, então era fácil saber por que ele tinha se apaixonado por ela.

¥
                Finalmente eu estava fazendo 19 anos. Não me sentia diferente. Durante o café da manhã especial que Savannah preparado, recebi muitos ‘Feliz Aniversário!’ e abraços. Niall disse que sairíamos às 18 horas.
— A sessão será às 19 horas, então jantaremos cedo, ok?
                Quando perguntei que filme iriamos assistir, ele fez mistério. Disse que era uma surpresa. Isso me deixou extremamente curiosa, e fiquei inquieta o dia inteiro. Sempre que pedia uma dica, ele me dizia a mesma coisa.
— Tenha paciência. Logo você saberá.
                Harper e Savannah me ajudaram a escolher a roupa. Ao final da produção, eu parecia uma daquelas bonecas antigas. Pude identificar algumas peças que não eram minhas, tipo a saia que deveria ser de Harper.
                Niall me esperava em frente a sua... Hm... Range Rover. Pela sua expressão, havia gostado da minha aparência. Quando chegamos ao cinema, percebi que não precisávamos passar pela bilheteria. Tinha alguma coisa errada.
— Niall, para onde estamos indo? Não temos bilhetes.
— Sessão especial.

                Fomos para uma sala no fim do corredor. Olhei para as cadeiras vazias. Apenas nós dois veríamos o filme? Nos sentamos numa cadeira ao fundo. Ele me ofereceu um balde de pipoca.

— Para não roubar da minha.
— Ah. Mas... Apenas nós?
— Apenas.
                Quando ele disse isso, o filme começou. No começo, nada demais. Depois, reconheci a chamada. Não era possível. Fazia anos que havia estreado, não poderia passar novamente. Mas mesmo assim, era aquele filme.
— Never Say Never?!
— É, gostou?
— É meu filme favorito! Como...
— Não faça perguntas, apenas aproveite.
                Me segurei para não chorar. Niall me observava o tempo inteiro. Apesar de achar isso estranho, não disse nada. Ao fim da sessão, ele me chamou para dar uma caminhada em frente ao rio Tamisa.
— Se divertiu?
— Muito. Foi o melhor aniversário da minha vida.
— Que bom que gostou.
— Eu não gostei, eu amei.
— Hm... Lily?
— O quê?
— Eu tenho algo importante para falar.
— Não precisa anunciar, é só falar.

— Tudo bem, então. Eu te amo.

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Capitulo 3

                Na terça, eu e as meninas fomos conhecer o London Eye. Ele era tão... Grande. A vista era perfeita. Savannah ficou com os olhos fechados na maior parte do tempo e Harper apontava para as pessoas, alegando que pareciam formigas. Sim, ela é meio retardada.
                Eu não conseguia pensar em nenhuma fantasia legal. Vampira? Muito comum. Bruxa? Ridículo. Nicki Minaj? Miley já usou. Tinha que ser alguma coisa não muito usada, simples e que combinasse comigo. Era mais fácil eu me vestir de humana.

                Na manhã seguinte, fomos conhecer as lojas de Londres. Claro, nunca seriam como Nova York, mas era bom. Savannah estava animada para fazer compras, então pegava um monte de roupas de levava para o provador. Com Harper, o mesmo. Eu era a única sem ideias.
— Lily, você está estudando moda. Como pode não saber o que vestir?
— Estou sem ideias, Savannah.
— Pense nas coisas que você mais gosta...
— Eu não vou me fantasiar de Justin Bieber.
— Não! Tipo, você é fofa. Pense em coisas fofas.
                Na maioria das vezes, Savannah não falava coisas com sentido. Dessa vez, até que valeu a pena ouvir. Segui o conselho dela e comecei a procurar. Harper já estava na terceira troca de roupa quando entrei no provador.
— E então, o que acharam?
— Fofo demais, meus olhos estão queimando.
— Que... Lindo.
— Acho que a fantasia é essa.
— Lily, eu tenho cara de cofrinho? Esse conjunto é muito caro.
— Faço hora extra na casa dos Benson.
— Se você diz...
— Vamos logo para o caixa antes que eu mude de ideia e escolha outra roupa!
¥
                À noite, assisti dois filmes com Niall. Comédia, meu gênero favorito. Ele não parava de rir, e era engraçado vê-lo vermelho. No meio do segundo filme, ouvimos alguns sons estranhos vindos do andar de cima. Estávamos embaixo do quarto de Harry.
— Que som... Estranho.
— É o som da cama batendo contra o chão.
                Savannah. Estava demorando. Nossa ninfomaníaca não conseguia passar muito tempo sem... Bem, você sabe. Pelo menos ela tinha encontrado alguém com os mesmos desejos dela. Que desejo mais barulhento.
— Lily, se você quiser ver o filme em outro lugar...
— Não, está tudo bem. Você viu Harper?
— Está no quarto, fazendo uma twitcam com Liam.
— Ah, ok. Eles estão juntos?
— Acho que sim.
— Hm... Interessante.
— Que fantasia você vai usar?
— Não vou falar! É uma surpresa.

¥
— Savannah, você está...
— Sexy?
— Eu iria dizer diferente, mas isso também serve.
                Todas nós estávamos vestindo nossas fantasias. Aparentemente, Savannah era uma comandante de navio. Péssima escolha. Ela era tão distraída, que podia afundar o Titanic em apenas algumas horas.
                Harper era um jardim. Sua roupa tinha tantas flores. Pelo menos não se vestiu de fada. Isso seria vergonhoso. Quando as duas desceram para a sala, comecei a me vestir. Eu não queria que ninguém descobrisse o que eu era.
— Lily, você... Está parecendo uma princesa.
— Droga!
— Que foi?
— Era para ser um cupcake.

— Ah... Sei. Bem, você está linda.

— Obrigada, Niall.
— E como eu estou?
— Hm... É um mendigo?
— Não, um pirata.
— Exagerou na calça rasgada.
— É, acho que você está certa.
                Todos nós esperávamos Harry aparecer. Ele ainda estava se arrumando. Ele demorava um século para se vestir, sendo que depois aparecia vestido como um mendigo. Difícil de entender. Quando ele apareceu, ouvi os protestos de Savannah.
— Hazza, você vai assim?
— É, não gostou?
— Está parecendo um mendigo. Um mendigo de iPhone 5.
— É o melhor que posso fazer.
— Você ficaria bem melhor na minha cama, sem roupas.
                Savannah foi ignorada com sucesso, sendo que Harry deu um sorrisinho malicioso. A festa não ficava muito longe, apenas alguns quilômetros. Realmente, havia muitas celebridades por lá. Até a Lindsay Lohan.
— Olha só, Nicki está aqui.
— Aquilo ali é a Nicki?! Que bunda.
— Calem-se. Olha o Justin Timberlake.
— Nossa, ele é muito gostoso. Vou falar com ele.
— Savannah, não.
— Hey, Niall está te chamando.
                De fato, ele estava acenando para mim, e fazendo sinais para a parte de fora da casa. Eu o segui, imaginando sobre o que ele queria falar comigo. Provavelmente vai perguntar se estou gostando da festa.
— O que foi, Niall?
— Ahn... Lily, eu sei que não é o melhor momento para falar, mas...
— Mas...?
— Você... Hm...
— Ah, te achei Lily!

                Harper apareceu do nada, me puxando pelo braço. Segundo ela, a Demi queria me conhecer. Levou-me para dentro da festa novamente, deixando Niall para trás. Eu ainda queria saber o que ele queria falar comigo, e porque parecia tão envergonhado.

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Capítulo 2

Oi gente!! Estou postando a fic no mesmo dia, mas e por um bom motivo. Estou apenas mostrando os capítulos velhos, para depois começar os novos. Beijos e boa leitura!!

                Dormi no sofá da casa. Niall me emprestou uma de suas polos, já que eu não tinha nenhuma roupa para vestir. O voo sairia às 10 horas, então eu tinha tempo. Resolvi ligar para Savannah.
— Bom dia, Savannah!
— Lily, eu não acredito que você me ligou a essa hora.
— Mas são 9 horas!
— São 9 horas em Londres. O sol ainda nem raiou por aqui.
— Ah, desculpe. Me esqueci do fuso horário.
— Tá, fale logo o que você quer.
— Vou chegar ai às 19 horas. Provavelmente estarei no apartamento às 20.
— Tá, tudo bem. Agora me deixe dormir.
— Bons sonhos, Savannah.

¥
                A viagem foi tranquila, tirando as várias turbulências. Quando chegamos, fomos diretamente para o Nando’s. Era o turno de Harper, e eu queria fazer uma surpresa. Esperava que não desse nada de errado, mas ela era um pouco... Desastrada.
                Niall estava disfarçado. Na verdade, parecendo um idiota. Colocou óculos escurou e usou um casaco bem grosso. Nós entramos no Nando’s, e nos sentamos. Pedi uma Coca a uma das garçonetes e esperei até que Harper viesse entregar.

                Ela não estava prestando muita atenção em nós. Chegou com a garrafa em nossa mesa e me cumprimentou normalmente. Apenas quando levantou o olhar, reparou em Niall, que sorriu para ela. Harper se desequilibrou e derramou a Coca na blusa dele.
— Ai meu Deus, me desculpe! Bem, pelo menos você não é como Harry. Você não anda como um mendigo, e pode comprar uma camisa nova.
— Não se preocupe, Lily me falou que você é meio... Desastrada.
— Eu estou com vontade de pular em cima de você. Deveria se preocupar.
                Ela teria tempo de conversar com ele depois. Deixei Niall no hotel e voltei para o apartamento. Encontrei Savannah no sofá, assistindo algum filme para maiores de 18 anos. Eu não vi o filme, mas eu conhecia minha amiga.
— Cadê o gostoso?
— Que gostoso?
— Niall.
— Ah, ele está no hotel.
— Vamos vê-lo amanhã?
— Sim. Eu vou no show do Justin com ele.
— Ok. Harper já o conheceu?
— Sim. Ela derramou Coca na roupa dele.
— Hm... Eu queria estar lá para ver isso.
— Não tem nada de especial nisso, Savannah.
— É, mas eu poderia ver o peitoral dele ao vivo e...
— Não diga mais nada. Trouxe frango pra você.

¥
                No dia seguinte, todas nós e Niall fomos ao Central Park. Estava um dia lindo, e Harper passou o tempo todo conversando com ele. Savannah o deixou com medo. Segundo Niall, ela era muito... Pervertida.
— Ela é assim o tempo todo. Você se acostuma depois de uns dias.
                Almoçamos em nosso apartamento. Eu e Harper fizemos uma pizza e fritamos batatas, enquanto Savannah escolhia a música. Se a colocássemos na cozinha, iria queimar a comida. Ela se distrai facilmente.
                Eu tinha que admitir, estava nervosa. Minhas mãos suavam e não conseguia me manter parada. As meninas foram pacientes comigo, e me ajudaram a escolher minha roupa para o show.
                Me encontrei com Niall em frente a arena. Os ingressos eram para a área VIP, então eu estava muito animada. Niall teve que me conter para eu não me jogar no palco. Justin nos viu e acenou. Nesse momento, eu quase desmaiei.

                Depois do show, fomos para os bastidores. Apenas nós podíamos ir, pois Niall era amigo de Justin. Quando entramos no camarim, recebi ordens para ficar quieta enquanto eles conversavam. Pude ouvi-lo falar sobre mim.
— Lily, alguém quer te conhecer.
                Niall mal tinha terminado de falar, e eu já tinha corrido para abraçar o Justin. Era tão... Confortável. E perfeito. Eu nunca mais queria solta-lo. Mas eu não queria parecer uma maluca logo agora.
                Ele autografou a capa de meu celular. Também disse que me achou fofa. Eu não podia estar mais feliz! Quando voltei para o apartamento, não parei de falar sobre o show. As meninas não me aguentavam mais.
— Lily, apague as luzes quando parar de falar. Boa noite.
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— Vou leva-las para Londres.
— Niall, nós temos faculdade.
— E daí? Aposto que você daria tudo para não fazer algumas provas.
— É, mas...
— Aposto que Harper e Savannah iriam adorar. Além do mais, são só alguns dias.
— Acho que tudo bem, então. Quando partimos?
— Daqui à uma hora.
— O quê? Eu tenho que começar a arrumar as malas!
                Eu não arrumei a mala, eu basicamente peguei as primeiras roupas de meu closet e joguei lá dentro. Nem tive tempo de dobrar. Harper foi mais paciente: Não viu que roupas estava guardando, mas pelo menos dobrou cada peça. Savannah fez o mesmo que eu.
¥
                Quando chegamos a Londres, Niall disse para nós que poderíamos dormir no quarto de hospedes, que tinha duas camas de casal. Harper salvou Liam da colher de Louis, e Savannah se encontrou com Harry de alguma forma que logo irei descobrir.
Niall me levou para um passeio pelas ruas da cidade. Pude ver o Big Ben de perto e depois fomos ao Starbucks. Sentamos numa mesa ao canto, porque ele não queria chamar a atenção. A ideia não deu muito certo. Ele foi atacado mesmo assim.
—Lily, você gosta de festas?
— Depende.
— Como assim?
— Se for uma festa só de putaria, eu prefiro dormir.

— Não, uma festa comum.
— Sim, eu gosto.
— Vai ter uma festa de Halloween na quinta. Pensei que você e as meninas gostariam de ir com a gente.
— Se vocês vão... Quer dizer que vai ter muitos famosos lá, não é?
— É.
— E se nos excluírem porque não somos celebridades?
— Isso não vai acontecer. Vamos, será divertido.
— Se você diz... Vou falar com elas.
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— Vocês querem ir?
— É claro!
— Obvio!
— Vai ser na quinta. Por favor Savannah, comporte-se. Não quero ser expulsa porque minha amiga foi pega fazendo sexo com Justin Timberlake.
— Ele vai estar lá?                                                         
— Não sei, foi apenas um exemplo.
— Temos que escolher nossas fantasias.
— Temos 48 horas para pensarmos nisso. Vamos às compras na quarta.
— Temos que escolher alguma coisa diferente. Harper, nem pense em ir de fada.
— Mas eu quero ser uma fada.
— Deixe de idiotice. Você seria a fada com mais fraturas expostas do mundo.
— Por quê?
— De tanto bater na parede, porque não sabia voar direito.
These wings are made to fly...

— Desliguem as luzes quando vocês pararem de conversar sobre fadas, ok? Boa noite.

Capitulo 1

Oi gente! Faz um tempão que eu não passo por aqui. Bem, estou repostando One Less Lonely Girl. Esse é o primeiro capitulo. Beijos!!
Ps- Só vou postar o outro depois de pelo menos 1 comentário.


                Segunda-feira. O pior dia da semana tinha chegado. O rádio anunciou o horário. Sim, estava na hora de me levantar. Reparei nas duas camas vazias. Harper e Savannah já tinham ido embora.
“Bom dia, Nova York! Não percam a liquidação da Prada, na Quinta Avenida!”
                Não me interessava muito por bolsas. Talvez Savannah gostasse de saber disso. Continuei a pentear meu cabelo, calmamente. O rádio deu algumas noticias de mortes, assaltos, tiroteios... Nenhuma novidade.
“A autora da 100ª ligação ganhará uma tarde com Justin Bieber em NY! Liguem!”
                Era minha chance. Saí correndo pelo apartamento em busca de meu celular. Tenho que admitir, caí algumas vezes. Puta merda, onde ele estava?! O encontrei embaixo de meu travesseiro. Comecei a ligar.

— Parabéns, você é a 100ª ligação!
— Finalmente consegui!
— Você acaba de ganhar uma tarde com a One Direction!
— O quê? Mas...
— Seu voo saí às 9 horas. Bom dia!
— Não, espera! Houve um engano!
                Ele já tinha desligado. Eu não poderia ser tão azarada. Minha única chance de conhecer o Justin, e acontece isso. E que voo? Que dia seria? Desci as escadas, calculando mentalmente o tempo que eu levaria para chegar até a Parsons.
— Bom dia, senhorita.
— Bom dia.
— Venha comigo.
— Ahn?
                Um cara pegou meu braço e me colocou dentro de um carro. Eu estava sendo sequestrada numa segunda-feira?! Impossível de acreditar. Comecei a perguntar para onde estávamos indo e eu só recebia a mesma resposta.
— Estou seguindo ordens, senhorita.

                Tá, eu estava num carro dirigido por uma pessoa que aparentemente não sabia dizer para onde estávamos indo. Que sequestro mal planejado. Depois de alguns minutos, reconheci o caminho.
— Estamos indo para o aeroporto?
— É.
— Porque não me falou isso antes?!
                O que eu iria fazer no aeroporto? Dar uma volta na loja Duty Free?  Ele parou o carro em frente à entrada principal e uma mulher abriu a porta para mim. Ela era estranha, e tinha um crachá escrito Mary.
— Bom dia, senhorita.
— Ahn... Oi.
— Por favor, venha comigo.
— Não vou pra lugar nenhum sem saber o que está acontecendo.
— Por favor, venha comigo até o check-in. Onde estão suas malas?
— Malas? Que malas? E que check-in?
                Ela não me respondeu. Me pegou pelo braço e me levou para uma fila. Eu não conseguia entender. Ela falou algumas poucas palavras com o senhor que atendia as pessoas e depois foi comigo até a sala de embarque.
— Olha, eu queria saber o que está acontecendo. Estou sendo sequestrada?
— Não fui instruída a falar nada, senhorita.
— Pare de me chamar de senhorita, merda!
— Desculpe.
                Fui para a sala de embarque. Esperei apenas alguns minutos até anunciarem o que deveria ser o meu voo. Depois de passar por um longo corredor, entrei no avião. Sentei-me em minha cadeira inquietamente.
— Ahn... Moça?
— Sim?
— Para onde esse avião está indo?
— Para Londres.

— Londres?!
— Sim. Senhorita, você está bem?
— Não me chame de senhorita. Só preciso saber o tempo de voo.
— 10 horas de viagem.
— Ah... Ok. Obrigada.
                Olhei para o meu relógio. 9 horas. O cara da rádio tinha avisado a hora, não o dia! Agora eu iria passar 10 horas dentro de um avião, apenas com dois livros de moda, uma caneta e meu celular. Meus Deuses, eu tinha que avisar as meninas! Mandei uma rápida mensagem para Harper, explicando tudo.
¥
— Senhores passageiros, chegamos à cidade de Londres.
— Finalmente!
                Eu já não aguentava mais! Fiquei feliz quando pude sair do avião. Fui a única a passar direto pela área de desembarque. Saindo do aeroporto, alguém se apresentou como meu motorista. Até quando pessoas estranhas iriam aparecer do nada?!
                No caminho até... Até... Bem, eu não sabia para onde estava sendo levada. Só sei que durante o percurso, pude ver o Big Ben ao longe.  Também vi o London Eye... Era mesmo gigante.
                O motorista me deixou em frente a uma casa. Tinha uma campainha, mas eu não estava com vontade de aperta-la. Como a porta estava aberta, entrei. Me deparei com uma cena estranha e constrangedora.
— Não, Louis! Largue essa colher!
— O que foi Liam? É só uma colher.
— Deixe isso longe de mim!

                Liam estava no chão, se arrastando para longe de Louis, que segurava uma colher. Isso não era uma cena muito comum. Eles nem perceberam minha presença. Andei um pouco mais pela casa. Zayn arrumando o cabelo e Niall sentado em frente a TV. Como ninguém reparou em mim, fui assistir ao programa também.
— Oi.
— Oi.
— Quem é você?
— Lily Thomas.
— Ah. O que você está fazendo aqui?
— Eu ganhei uma tarde com a One Direction.
— Não parece muito animada.
— É porque eu não estou.
— Espera, você não é Directioner?
— Não.
— Então porque você veio?
— Eu fui arrastada.
— Entendi.
                Ele não fez mais nenhuma pergunta. Peguei um pouco de sua pipoca e ele me encarou com um olhar psicopata. Ignorei totalmente. Continuei a assistir o programa, mas percebi que era um canal de culinária.
— Lila...
— Lily.
— Lily... Você é fã de algum cantor, ou cantora...?
— Porque está perguntando isso?
— Por nada, só queria saber.
— Sou Belieber. Algum problema?
— Nenhum! Na verdade, eu gosto do Justin também.
— Quando eu ganhei uma tarde com vocês, eu pensei que iria ganhar com o Justin.
— Ah... Sério?
— É. Eu sempre quis conhece-lo.
— Ahn... Você já foi em algum show dele?
— Não.
— Onde você mora?
— Em Nova York.
— Ele vai fazer um show lá, sabia?
— Não fiquei sabendo.
— Se você quiser... Eu posso te dar os ingressos.
— Está brincando?
— Não. Eu tenho dois ingressos sobrando. Quer?
— Claro que quero! Muito obrigada!
— Bem, você pode ir com alguma amiga...
— Quer ir comigo?
— O quê?
— Quer ir ao show comigo? É que eu não tenho nenhuma amiga para ir comigo.
— Eu tenho um show dois dias depois.
— Que pena. Vou sozinha, então.
— Não, você não entendeu. Eu tenho um show dois dias depois, mas vou assim mesmo.
— Perfeito!

                Quem diria que uma viagem fora de hora me fizesse conhecer uma pessoa tão divertida.Eu iria para um show do Justin! Eu realizaria meu sonho! Passei o resto da noite conversando com Niall, sobre como seria nossa volta para NY.