Eu
sabia o que tinha que fazer. Voltar para o Brasil não seria tão ruim. Liguei
para o trabalho e inventei uma desculpa. Disse que minha vó tinha tido um
infarto e que precisava de meus cuidados. Nem avó eu tinha.
Arrumei
uma pequena mala com algumas roupas e peguei o primeiro avião para o Rio. A
empresa iria pagar a classe A. Estava tão ansiosa que mal conseguia dormir. Ao
chegar, não pensei em ir o flat. Fui diretamente ao prédio, de mala e tudo.
— Alice? O que faz aqui?
— Bom dia. Eu... Vim pedir um favor.
— Fale.
— Estou gostando muito de Los Angeles, mas... Não teria um
trabalho em Londres?
— Deixe-me ver... Não exatamente em Londres, mas em Croydon.
Fica a uns 40 minutos de lá.
— Eu aceito.
— Tudo bem, aqui está a
passagem. Pode pegar seus pertences em Los Angeles e depois ir direto para lá.
— Muito obrigada. Tchau.
Finalmente aquela puta fez alguma coisa de útil.
Voltei para o aeroporto logo peguei um avião para Los Angeles. Ouve uma pequena
parada, mas logo eu já estava lá novamente. Arrumei minhas roupas em uma
velocidade absurda, tomei banho e fui devolver a chave no prédio da empresa. Estava
com muita pressa.
Eu não gostava muito de viajar, mas a situação era
preocupante. Demorou muito para chegar à Londres. Eu não conseguia ficar quieta
no meu banco. As aeromoças já haviam me perguntado 3 vezes se estava bem. Que
merda.
Ao chegar, peguei um taxi até o Big Ben. Tentei me
situar. Procurei no twitter informações das fãs. Quase não acredito quando leio
que ele está no aeroporto, esperando para viajar para Los Angeles. Puta que
pariu!
Seriam 30 minutos até o aeroporto. Talvez eu não conseguisse
chegar a tempo. Para meu azar, o transito não estava muito bom. Quando cheguei,
corri para o portão de embarque. Não conseguia encontra-lo. Sentei-me num
banco, aceitando que ele já tinha ido.
Quando já estou pensando na quantidade de dinheiro
que gastei com todas as vezes que peguei um taxi, alguma coisa me chama a
atenção. Alguém fala muito ao telefone, dizendo algo como “Eu estou aqui ainda
esperando o avião ficar pronto. Espero que ela me receba bem.” A voz era
familiar.
Viro-me em direção a voz. Fico surpresa quando vejo
que é Harry. Ele parece cansado. Eu não sei o que fazer. Eu poderia correr até
ele, ou gritar. Das duas formas, eu ia parecer uma louca. Talvez uma fã. Bem,
estou bem longe disso.
Resolvi usar os dois modos. Era mais conveniente. Ao
chegar mais perto, chamei por seu nome. Por incrível que pareça, ele notou.
Olhou como se estivesse pensando “Ela está mesmo ali?” Dei um sorriso. Isso é
meio raro de acontecer.
— Alice, é você mesma?
— Não, a Ella Fitzgerald. O
que você acha?
— Que bom que você está aqui!
Olha, me desculpe, eu não deveria ter te deixado ir!
— É, meio tarde, não acha?
— Bem, você está aqui. Isso
é... Ótimo!
— É só isso? Eu pego 3 aviões
em menos de uma semana e...
Tá, finalmente recebi o devido agradecimento. Não pensei
que eu iria sentir tanta falta disso. Depois, fomos para sua casa. Era bem
grande. Me senti pobre por um instante, mas ignorei isso.
— Você vai trabalhar aqui em
Londres, não é?
— Se eu fosse morar aqui, eu
teria que ter muita sorte, não acha? Isso só acontece nos filmes.
— Então... Vai voltar para
Los Angeles?
— Não. Vou trabalhar em Croydon.
Não fica longe daqui.
— É, não muito...
— Você pode sempre me visitar. Eu também posso vir aqui nos
finais de semana.
— Eu queria te levar no London Eye hoje à noite.
— Eu tenho medo de altura, Harry.
— Eu seguro a sua mão.
— Eu prefiro que não.
— Então nos vemos hoje à noite? Eu te pego em casa.
— Não tenho escolha.
Ele deu
aquele sorriso malicioso e assustador que eu adorava. Assim que cheguei em
minha nova casa, guardei minhas roupas no closet e assisti o replay da luta do
sábado. Já eram 17 horas quando fui me arrumar para ir ao London Eye.
¥
Eu não
havia gostado muito. Sabe, fiquei com os olhos bem fechados na maior parte do
tempo. Pelo menos ele conversava comigo. Quer dizer, me forçava a abrir os
olhos em alguns momentos. Bem, não foi tão ruim.
No dia
seguinte, eu estava andando na rua a caminho do trabalho, quando vi uma banca
de revistas. Parei para ler as manchetes. Nada muito diferente. Havia uma revista
de fofoca que me chamou a atenção, com uma manchete em letras bem grandes.
Harry
Styles sai com garota misteriosa
Porque
essas coisas horríveis só acontecem comigo? Desde quando eu sou misteriosa?
Continuei andando em linha reta, sem olhar para ninguém. Apesar disso, parecia
que todos olhavam para mim. Será que eu poderia ser tão azarada assim?




Oi, olha, você pode até pensar que estou sendo grossa agora e talvez até tenha razão, mas, sou eu mesma da mesma forma, então, eu odeio palavrão, acho que isso estragou o capítulo, mas, da mesma forma, continua e tenta evitar isso.
ResponderExcluirBem, eu normalmente falo muito palavrão, então eu coloco isso na história sem querer. Além do mais, a personagem não é um doce de pessoa. Mas tudo bem, é sua opinião. Vou tentar reverter isso. Beijos!!
ExcluirAnaaaa,
ResponderExcluirA história está completamente PERFEITA!!
Te amo,
Teté
Obrigada! To com saudade. Beijos, Iara
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