quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Capitulo 5

                Se eu contasse para Savannah e Harper que Justin Bieber tinha me ligado, elas iriam dizer que sou louca, então não disse nada. Achei perigoso nos encontrarmos na Times à noite, mas ele devia ter seguranças.
— Oi, Justin.
— Quem é você?!
— Sou eu, Lily.
— Ah, é que você fica estranha vestida de preto.
— Estou tentando ser discreta. Se alguma Belieber me ver, pode achar que estamos namorando.
— Hm... Tá legal.
— Eu tenho aula daqui a 30 minutos, então será que você podia... Sei lá... Começar a falar logo? Você me chamou aqui por algum motivo.
— Ahn, sim. É sobre Niall.
— Olha, eu não quero falar nada sobre ele.
— Escute. Ele está muito triste, Lily. Zayn me contou que ele recusou pizza um dia. Pizza!
— Tá, e o que eu tenho com isso?
— Foi você que deixou ele assim.
— Eu?!
— É.
— Justin, acho que você tá falando com a pessoa errada. Eu não faço mal as pessoas.
— Mas você fez mal ao coração dele. O despedaçou em mil pedaços.
— Problema dele.
— Eu tenho certeza que você gosta dele.
— Tá brincando , né?
— Se você não gostasse dele, não tinha perdido tantas aulas da faculdade apenas para ficar com ele. Você não quer perder nenhum horário nem para falar comigo.

— É diferente.
— Não, não é diferente. Bem, tenho que ir. Lily, eu não quero que Niall fique deprimido pelo resto da vida. Você é a única que pode concertar as coisas. Até mais.
                Justin sumiu nas poucas sombras da Times Square. Eu não queria mais ir para a aula. Minha cabeça dava voltas, e eu precisava pensar. Voltei para casa. Savannah dormia no quarto e Harper estava na faculdade. Sentei-me no sofá, cansada.
                Eu amava Niall? Essa pergunta rodava em minha mente. Bem, eu amava o Justin, mas não era a mesma coisa. Lembrei-me dos momentos que passei em Londres, dos filmes, dos passeios, dos toques...
                Parei. Eu não podia continuar com isso. Pensei nos momentos em que nos abraçávamos. Não era como abraçar Savannah. Nos braços dele, eu me sentia... Segura. Era como se fosse feito especialmente para mim.
— Savannah?
— Vai embora, Harry. Me deixa dormir.
— Não é o Harry. É Lily.
— Tá, me deixa dormir.
— Espera. Eu vou viajar.
— Pra onde?
— Londres.
— Hm... Quando?
— Agora.
— Agora?! Você é maluca?! Já é tarde!
— Eu sei. Mas eu tenho assuntos para resolver, e não posso esperar.
— Quem vai pagar essa viagem?
— Eu mesma. Os Benson me deram um aumento.
—... Boa viagem. Agora, me deixe dormir.
— Bons sonhos, Savannah.

¥
                Tinha conseguido um avião sem escalas. Durante a viagem, eu não conseguia me distrair. Nem mesmo as músicas de meu celular me ajudaram. Eu parecia tão nervosa, que uma aeromoça foi falar comigo.
— Senhorita, você está bem?
— Não.
— Está passando mal? Precisa de algum remédio?
— Tem remédio para angustia?
                Acabaram me dando um calmante. Funcionou nos primeiros minutos, mas depois fiquei nervosa novamente. Quando cheguei lá, foi um alivio. Bem, eu só precisava encontra-lo, ou pelo menos, encontrar um deles.
                Resolvi ir no Starbucks. Nunca gostei de comida de avião, então recusei quase tudo que me ofereciam. Estava morrendo de fome. Sentei–me numa mesa do lado de dentro e olhei ao redor.
— Liam?!
— Lily?! O que está fazendo aqui?!
— Como assim o que eu estou fazendo aqui? Starbucks é um lugar público.
— Não, quero dizer aqui em Londres.
— Vim concertar algumas coisas.
— Niall não é “algumas coisas”.
— Tá tão na cara assim?
— Sim.
— Droga.
— Não fique assim. Tudo vai se resolver.
— Você está parecendo um budista falando desse jeito. Onde Niall está?
— Acho que ele está tirando fotos com fãs e dando autógrafos.
— Onde?
— Não sei.
— Nossa, como você me ajudou.
— Espera, Lily. Vamos fazer um show hoje a noite.
— Sim, e?
— Vamos cantar One Less Lonely Girl. Acho que podemos conseguir que você seja a escolhida para subir no palco.
— Sério?! Isso é... Incrível.

— Vou ligar para Paul.
— Liam, porque está fazendo isso?

— Quero que Niall seja feliz, e sei que isso só aconteceria com ele ao seu lado.

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